sábado, 13 de agosto de 2011

PORQUE PELA GRAÇA SOIS SALVOS


Alan Brizotti
A graça é a realidade mais fascinante de Deus. Ao longo dos tempos várias tentativas de definir a graça foram feitas, entretanto, a melhor definição que já li é: “graça não se explica; graça se transmite” (Philip Yancey). Nossa sociedade tem a mania de querer explicar tudo porque explicar já é um passo para controlar, contudo, não há como colocar rédeas na fabulosa graça de Deus.

Infelizmente, vivemos numa atmosfera de crise com a maravilha da graça. Num tempo onde imperam legalismos e promoção da culpa, fica cada vez mais difícil a assimilação da verdadeira graça de Deus. Philip Yancey, em seu fantástico “Maravilhosa graça”, afirmou: “Como habitantes das grandes cidades que nem percebem mais o ar poluído, respiramos, inconscientes, a atmosfera letal da não-graça”.

O teólogo G K Chesterton, disse: “A graça é o amor selvagem de Deus”. Brennan Manning, no belíssimo “O evangelho maltrapilho”, escreveu: “Um dos mistérios da tradição do evangelho é essa estranha atração que Jesus tinha pelos que não tinham nada de atraente; esse estranho desejo pelos que não eram em nada desejáveis; esse estranho amor pelos que não tinham nada de amável”.

Verdades libertadoras da graça (Mq. 7. 18)

O simples fato de que Deus derrama sua graça sobre nós já é uma verdade libertadora, tranqüilizadora, transformadora, abençoadora e digna de confiança. Mas, há mais algumas dessas verdades esplêndidas que nos revelam ângulos magníficos do amor e do caráter de Deus:

1. A graça não excepcionaliza ninguém:

A graça não procura os excepcionais, procura os honestos. Seja qual for o seu pecado, a sua crise, seu cárcere, a graça o alcança – é para você! Mas lembre-se: a graça ama a autenticidade. Frente à ela somos confrontados para sermos libertos. É quando assumimos quem somos – pecadores – que a graça dá seu espetáculo. Um pregador puritano costumava dizer: “Se não estás perdido, de que te serve um salvador?”. A graça é para todos porque ela não depende do que nós fizemos para Deus, mas sim, do que Ele já fez por nós. O mérito da graça é o mérito que não temos. A igreja, como casa da graça, não pode ter privilegiados, prediletos ou caciques e suas excentricidades – ela deve ser de todos.

2. A graça é a resposta para o dilema de Deus: Um Deus santo amando pecadores:

Deus nos ama, mas nosso comportamento o enoja. Ele é santo, nós pecadores. Deus é justo e nós somos absurdamente injustos. Como é para Deus lidar com isso? Como se aproximar ao máximo de nós se o pecado e sua podridão nos afasta dele? Aqui é que entra a graça! A grande graça está no fato marcante e decisivo de que Deus não desistiu e não desiste de nós. Na cruz, ele resolve o dilema. Absorve o pecado em Cristo e nos liberta para a plenitude da vida.

3 . A graça nos liberta dos cárceres da alma:

Não há carrasco pior do que o nosso coração. A graça é capaz de eliminar as toxinas da culpa porque nos garante a assombrosa verdade de que Deus nos ama como somos, sem disfarces ou máscaras, sem as tatuagens da religião, sem as sombras do passado. A graça nos liberta para sermos nós mesmos, mas agora transformados por Deus, através do encontro com Cristo. Quando Deus nos transforma, não nos faz sermos aquilo que nunca fomos, pois isso seria admitir uma falha no processo primário da nossa criação. Quando Deus nos transforma, Ele nos devolve à forma original, a que ele pensou com amor ao nos criar.
Como escreveu Brennan Manning: “No homem Jesus, vemos a face humana de Deus”. Jesus é a graça encarnada no chão da história. 


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A LIGA, AMIGOS DA MALOCA E NOSSO CHAMADO EM CRISTO

A LIGAEstou assistindo o programa "A Liga" na Rede Bandeirantes, mostrando uma reportagem sobre a situação dos moradores de rua. Fiquei feliz em ver o Paulo13, um verdadeiro artista, que no outro programa estava na rua, dependente do crack, em completa miséria. Agora com quarenta dias de internação, vinte quilos a mais ,  cheio de sonhos para uma vida melhor.
Na semana passada tive também um encontro com essa realidade através dos Amigos da Maloca, que realizam um excelente trabalho nas ruas de São Paulo.
Hoje estava olhando as fotos do aniversário do Gigante, postado no blog dos amigos da Maloca (http://amigos-da-maloca.blogspot.com/). Fiquei feliz de ver as pessoas reunidas tendo uma nova oportunidade.
Mostrei as fotos para os meus pais, falando das dificuldades que eles enfrentam.
Meu pai me perguntou: "Eles estão em São Paulo, lá tem tanta gente com condição de ajudar."
Fiquei pensando nisso e cheguei à seguinte conclusão:  Nós somos aqueles que podem ajudar, que podem fazer um pouco. O problema é que na verdade não fazemos nada.
Se cada um de nós que confessa amar a Deus, amasse também o próximo, esse mundo poderia ser bem diferente.
Por que se coloca tanto dinheiro em campanhas nas igrejas e não se dá nada pra uma causa social?
Por que gastamos tanto dinheiro com coisas fúteis enquanto vemos muito ao redor não tendo nem o que comer?
Por que fechamos os olhos, quando eles deveriam estar abertos para a realidade que nos cerca?
O Apóstolo João disse: "Se alguém tiver recursos neste mundo e ver seu irmão necessitado e não lhe estender a mão, como permanece nele o amor de Deus?"
Precisamos rever nosso chamado.
Precisamos entender o que é serviço.
Precisamos aprender a estender a mão ao necessitado.
E quem sabe um dia ouvir de Jesus: "Tive fome e me deste de comer, Tive sede e me deste de beber, Tive frio e me cobriste, Tive preso e me visitaste" e ao perguntamos ao Senhor quando fizemos isso, Ele responderá: "Quando fizeste a um destes pequeninos."
Que Deus nos ajude!