sexta-feira, 30 de setembro de 2011

E Deus escreveu no chão...

Alan Brizotti


"Jesus inclinou-se e começou a escrever no chão com o dedo" (João 8.6)

A cena é devastadora: uma mulher desesperada, sentindo a morte rondar-lhe por todos os lados. Um grupo radical, legalista e sua armadilha dogmática e impiedosa. Olhares mistos: curiosidade, raiva, expectativa e até um certo êxtase macabro, afinal a multidão adora espetáculos dolorosos. A mulher, no centro de todos os ódios, na convergência efervescente de todas as teologias. O ápice do caos parece iminente. Parece...

Jesus também estava lá. Ele sempre está perto de quem sofre. É o Deus da empatia: do grego, "em" + "patos": dentro do sentimento. O Deus de todos os "ais". O Deus que se sensibiliza, que conhece os bastidores da fúria, as cavernas do medo, as raízes de amargura, as palavras que se mesclam aos gemidos, os sonhos destruídos, a dor em toda sua extensão.

Levaram uma mulher para ser morta dentro do Templo. Teologias da vingança, da fúria e do terror não respeitam geografias. Têm pressa para matar. São os caçadores de escândalos que Davi tão bem retratou no Salmo 35. 21: "Com a sua boca dizem: nós vimos, nós sabemos de tudo!" Gente triste que só consegue um mínimo de prazer ao destruir a alegria dos outros.

Eles queriam um espetáculo do terror, e Jesus lhes deu um: em suas próprias mentes: "Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra" (8.7). Em cada mente um tsunami de impurezas começa a jorrar. Somos feitos da mistura estranhamente complicada de imperfeições. Não podemos sair mirando, fulminando, julgando. Esses verbos são conjugados em nossas almas todos os dias.

Jesus, curvado, escreve no chão... Deus escrevendo no pó!

Foi a ação mais extraordinária que ele fez. E deu tão certo! Até hoje - séculos depois - ainda estamos olhando para aqueles rabiscos. Jesus tirou de cima da mulher TODOS os olhares. Ele a libertou da munição do olhar.

Silêncio. Talvez alguns soluços daquela mulher. O texto, a narrativa de João insiste em colocar a marca que os maldosos queriam tatuar nela: adúltera! Jesus não! Ele se levanta e a chama de "mulher" - devolve a dignidade que a marca queria roubar. Mulher! Então faz a pergunta que complementa o processo de liberdade: "Onde estão os teus acusadores? Ninguém te condenou?" Só condena quem julga - e Jesus não a julgou, ele a curou!

O Deus que escreveu no chão agora escreve uma nova história: "Vá e não peques mais!" É como se o Éden fosse redimido. É Deus dizendo à sua filha: "É melhor ficar comigo!" Não peque! Mas, como o mesmo João vai escrever depois: "mas, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo" (I João 2.1).
Por causa de Jesus sei que sou livre!


Publicado em: http://www.genizahvirtual.com

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Mobilização e Oração #YousefNadarkhani


WASHINGTON, EUA — Os Estados Unidos afirmaram nesta quinta-feira que o Irã mostrará um "desprezo total" pela liberdade religiosa se suas autoridades executarem um pastor iraniano que se recusa a negar sua fé cristã para se converter ao islã.

"Os Estados Unidos condenam a pena de morte imposta ao pastor Youssef Nadarkhani. A execução da pena capital constituirá uma nova prova do desprezo das autoridades iranianas pela liberdade de culto", declarou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, em um comunicado.

"O pastor Nadarkhani não fez nada além de manter sua fé devota, que é um direito universal de todas as pessoas".

"A tentativa das autoridades iranianas de forçá-lo a renunciar a sua fé viola os valores religiosos que elas alegam defender, atravessa todos os limites da decência e viola as próprias obrigações internacionais do Irã".

"Nós convocamos as autoridades iranianas a libertar o pastor Nadarkhani e a demonstrar compromisso com os Direitos Humanos básicos e universais, incluindo a liberdade de religião".

Nadarkhani, de cerca de 30 anos, tornou-se pastor de uma pequena comunidade evangélica chamada de Igreja do Irã após se converter do Islã aos 19 anos.

Autoridades iranianas o prenderam por apostasia em 2009 e o condenaram à morte sob a lei islâmica da Sharia.

O pastor foi poupado por um recurso da Suprema Corte em julho, afirmou seu advogado à AFP, mas foi condenado à morte novamente depois que o caso foi reexaminado em um tribunal de sua cidade natal, Gilan, de acordo com meios de comunicação locais.

O pastor Yousef enfrentou  duas “audiências’ nos dias 27 e 28 de setembro onde o mesmo teria a oportunidade de negar a sua fé cristã e declarar retorno ao Islã. Fontes informam que o pastor se negou a fazer isto e reafirmou a sua confissão cristã.

 Diversos blogs cristãos estão se unindo na tentativa de chamar a atenção das autoridades mundiais através do twitter usando

Há também a tentativa de sensibilizar embaixadores e autoridades iranianas no estrangeiro.


A ação está a cargo de alguns grupos cristãos e todos podem colaborar usando a ferramenta de mobilização e-activist:




2) Preencha o formulário (está em inglês, mas é fácil).

3) Na caixa ADD YOUR MESSAGE HERE, copie e cole o email abaixo.



Your Excellency, the Ambassador of Iran


Dear Sir,


Along with many other people around the world, I have been following with great concern the case of Pastor Yousef Nadarkhani, who is being tried by a court in Rasht due to his religious beliefs.


I am writing to express my concern and hope that the court will drop all charges against Pastor Yousef, in accordance with international law and especially Iranian law and constitution, which clearly allows freedom for Christians to maintain their religious beliefs and practices.


I am also requesting Your Excellency to pass on my appeal and that of many others to the Iranian government, as a matter of great urgency in this case, so that an innocent person may not be condemned and the constitution of Iran may not be violated.

I am very grateful for your attention to this request.


Respectfully and sincerely,


ASSINE

4) Envie seu email ( send YOUR email)


Com informações da AFP,  Portas Abertas, GLOBO e Gospel Prime.

Publicado em www.genizahvirtual.com

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O MELHOR DA VIDA

Estamos em setembro. Como o ano correu. 
Fico me perguntando por que os dias passam tão rápido. Lembro que quando estudava, com meus dez ou onze anos, como o tempo demorava pra passar.
Aquela vontade de ser adulto, de crescer, de ter barba, de namorar, de sair sem precisar dizer onde vai.
Mas então esse dia chegou (e como gostaria agora de voltar), e com a idade adulta vieram compromissos, necessidades, desafios que precisam ser vencidos ou não. Mas parece com isso tudo que o tempo ficou mais curto.
Mas como os dias ainda tem 24 horas e essas horas ainda tem 60 minutos, vejo que quem mudou não foi o tempo e sim eu. Mudou a forma como eu uso o meu tempo.
Se antes assistíamos TV na sala, hoje cada um tem a sua. Se antes conversávamos nas praças, nas portas de casa, hoje nos falamos no msn. Cada um fechado no seu mundo, cheio de amigos em redes sociais e com nenhum amigo na vida.
E o mundo é uma correria só. É preciso estudar, trabalhar, namorar, sair com a esposa, brincar com os filhos, ir à igreja, sair com os amigos. Ufa! Quanto compromisso!
Me pergunto se com essa correria, com tantos compromissos, temos conseguido viver. Será que temos sido quem somos nesse mundo tão louco, ou apenas nos colocamos no piloto automático.
Vi o filme Click, com Adam Sandler. Ele retrata bem essa correria e a solução encontrada por ele, que com apenas um controle remoto podia adiantar as coisas, voltar e por ae vai. Mas no final tamanha foi sua decepção ao perceber que tinha chegado ao sucesso sonhado, mas em meio a grandes perdas. 
Jesus Cristo já nos advertiu sobre isso: "De que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?" Mateus 16:26.
Mas porque to falando disso? Por que hoje senti falta de sair com um amigo pra bater um papo, dar umas risadas. Mas parece que todo mundo, assim como eu, ou tá no face ou no orkut ou no msn.
Creio que nossa vida tem um sentido, um objetivo e na correria , na busca, na ânsia de conseguirmos tantas coisas, podemos estar perdendo o melhor, deixando de dar um abraço, um beijo, escutando um amigo, dando atenção aos pais, aos filhos, à esposa, ao marido.
Mas pra isso é preciso parar. Parar em meio ao corre-corre da vida.