sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O MELHOR DA VIDA

Estamos em setembro. Como o ano correu. 
Fico me perguntando por que os dias passam tão rápido. Lembro que quando estudava, com meus dez ou onze anos, como o tempo demorava pra passar.
Aquela vontade de ser adulto, de crescer, de ter barba, de namorar, de sair sem precisar dizer onde vai.
Mas então esse dia chegou (e como gostaria agora de voltar), e com a idade adulta vieram compromissos, necessidades, desafios que precisam ser vencidos ou não. Mas parece com isso tudo que o tempo ficou mais curto.
Mas como os dias ainda tem 24 horas e essas horas ainda tem 60 minutos, vejo que quem mudou não foi o tempo e sim eu. Mudou a forma como eu uso o meu tempo.
Se antes assistíamos TV na sala, hoje cada um tem a sua. Se antes conversávamos nas praças, nas portas de casa, hoje nos falamos no msn. Cada um fechado no seu mundo, cheio de amigos em redes sociais e com nenhum amigo na vida.
E o mundo é uma correria só. É preciso estudar, trabalhar, namorar, sair com a esposa, brincar com os filhos, ir à igreja, sair com os amigos. Ufa! Quanto compromisso!
Me pergunto se com essa correria, com tantos compromissos, temos conseguido viver. Será que temos sido quem somos nesse mundo tão louco, ou apenas nos colocamos no piloto automático.
Vi o filme Click, com Adam Sandler. Ele retrata bem essa correria e a solução encontrada por ele, que com apenas um controle remoto podia adiantar as coisas, voltar e por ae vai. Mas no final tamanha foi sua decepção ao perceber que tinha chegado ao sucesso sonhado, mas em meio a grandes perdas. 
Jesus Cristo já nos advertiu sobre isso: "De que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?" Mateus 16:26.
Mas porque to falando disso? Por que hoje senti falta de sair com um amigo pra bater um papo, dar umas risadas. Mas parece que todo mundo, assim como eu, ou tá no face ou no orkut ou no msn.
Creio que nossa vida tem um sentido, um objetivo e na correria , na busca, na ânsia de conseguirmos tantas coisas, podemos estar perdendo o melhor, deixando de dar um abraço, um beijo, escutando um amigo, dando atenção aos pais, aos filhos, à esposa, ao marido.
Mas pra isso é preciso parar. Parar em meio ao corre-corre da vida.

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