sexta-feira, 23 de agosto de 2019

UM TRISTE ESPORTE


"Aquele que te entretém com os defeitos dos outros, entretém os outros com os teus"
(Denis Diderot)


Ele não integra as modalidades dos jogos de inverno ou de verão.
Apesar disto, dá audiência aos programas de televisão.
Como não demanda pernas e braços ágeis e fortes, é praticado nos corredores das fábricas, dos escritórios, das igrejas, como se fosse um esporte de integração.
Falar mal dos outros precisa de olhos curiosos e línguas afiadas, como se fosse uma competição.
Falar mal da vida alheia não pensa nas consequências da sua falsidade, apenas na diversão.
Falar mal das pessoas justifica-se a si mesmo alegando que visa ajudar quem está no erro ou em alguma dificuldade, como se fosse uma missão.

Como se fosse uma virtude, falar mal de pessoas próximas se disfarça em pedidos de oração.Quando dizemos o bem a uma pessoa, podemos errar no tom, mas é boa a nossa intenção.
Como falamos mal de uma pessoa, nosso desejo é sempre a destruição.
Quando falamos mal de alguém, só temos um projeto: nossa autoafirmação.
Então, devemos nos lembrar que a maledicência pode até ser verdadeira no que relata, mas é má na motivação.
É tão grave que, cometendo-o, podemos pedir perdão e ser perdoados, mas nada poderemos fazer para reparar integralmente o dano de nossa falação.
Se o temos praticado, devemos reconhecer diante de Deus, de joelhos, nossa lamentável condição.
Se o ambiente em que vivemos se dedica a ele, devemos nos afastar imediatamente, mesmo que de forma rude, antes que sejamos alcançados pela corrupção.
Nossa regra de ouro tem que ser esta: só falaremos sobre uma pessoa o que ela puder ouvir e dar sua aprovação.
“Senhor, quem habitará no teu tabernáculo? Aquele que não difama com sua língua, não faz mal ao próximo, nem lança injúria contra o seu vizinho". (Salmo 15.1 e 3)



Pr. Israel Belo de Azevedo

Pastor da Igreja Batista Itacuruçá, no bairro da Tijuca, Rio de Janeiro



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